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Indução de Resistência , o Ác. Salicílico e o ASM

aminoácidos

A primeira fitoalexina caracterizada quimicamente foi a pisatina, isolada de plantas de ervilha (Pisum sativum). Desde sua descoberta, inúmeras outras fitoalexinas foram obtidas de plantas cultivadas como feijão, soja, ervilha, batata, tomate, alface, algodão, arroz, cevada e banana, entre outras.

Acredita-se que a maioria das plantas sejam capazes de sintetizar fitoalexinas, mas algumas a fazem de maneira muito lenta, permitindo que o microorganismo complete a infecção antes que haja o acúmulo dessas substâncias em quantidades suficientes para inibi- lo. Para diversas interações planta-patógeno foi demonstrado que a velocidade de acúmulo das fitoalexinas é um dos fatores decisivos para o estabelecimento ou não da infecção.

O uso de estratégias alternativas de controle de doenças têm despertado bastante interesse, principalmente pelo potencial de uso comercial e pequeno impacto ao meio ambiente. Temos visto que a indução de resistência em plantas suscetíveis confere proteção significativa contra um amplo espectro de microrganismos, através da ativação dos mecanismos de resistência das plantas, associada à expressão coordenada de um conjunto de genes de defesa, como é o caso do acibenzolar-S-methyl (ASM).

“Temos visto que a indução de resistência em plantas suscetíveis confere proteção significativa contra um amplo espectro de microrganismos, através da ativação dos mecanismos de resistência das plantas”

O éster S-metil do ácido benzo-(1,2,3)-tiadiazole-7-carbotioico, ou ASM, análogo do ácido salicílico, pode induzir RSA contra bactérias, fungos e vírus (RESENDE et al., 2002; COLE, 1999). Dentre os indutores químicos, o ASM apresenta efeito indutor de resistência em condições de campo em várias culturas, contra amplo espectro de patógenos e o mais estudado dentre os indutores químicos, pois é o que mais se assemelha ao Ácido Salicílico. Nas suas respostas fisiológicas podemos considerar a mesma resposta tanto para o ASM quanto para o AS.

Essa resposta pode ser observadas em pesquisas que evidenciaram a indução de resistência sistêmica em diversos patossistemas.

Além da possibilidade da aplicação exógena para promover a formação de fitoalexinas no controle de patógenos de plantas, outra alternativa é a modificação dos vegetais por engenharia genética, transferindo os genes responsáveis pela síntese destes metabólitos, através de técnicas de biologia molecular.

No trabalho realizado pela Emprapa, pode-se observar que apesar do tratamento envolvendo o ASM de contemplar nenhuma aplicação de fungicida, obteve produtividade superior à testemunha e igual ao tratamento padrão com duas aplicações de fungicida. Foi colocando, também neste trabalho que é preciso ter cautela com a aplicação deste indutor visando o controle após a infestação, pois a diferença de produtividade da soja sugere haver uma interação, quando aplicados anteriormente ao aparecimento da Ferrugem-asiática-da-soja, e posteriormente feito o controle com defensivos.

Vários pesquisadores testaram diversas doses de silicato de potássio, além de acibenzolar-S-methyl (125 g de i.a. ha-1) e fungicidas protetores e sistêmicos no controle da ferrugem-asiática-da-soja em condições naturais de campo. Os autores não observaram efeito das doses de silicato de potássio, porém foi obtida resposta intermediária com acibenzolar-S-methyl, assemelhando- se àquela proporcionada pelo fungicida mancozebe.

Em 2006 os pesquisadores Dallagnol et al. notaram o efeito positivo de acibenzolar-S-methyl, sozinho ou em mistura com fungicidas, no controle de manchas foliares causadas por Septoria glycines, Cercospora kikuchii, C. sojina e Colletotrichum truncatun, em condições de campo, sem diferenciar as doenças no momento da avaliação.

Podemos concluir que o uso deste indutor oferece resultados significativos quanto a eficiência em resistência ao ataque patogênico em diversas frentes, mas é sabido que para seu efeito existe um tempo entre a indução e a manifestação dos mecanismos de defesa propriamente ditos, ou as fitoalexinas. Sendo assim seu uso associado aos fungicidas indicados para o controle de determinas doenças pode conferir melhor resposta produtiva, logo gerar mais rentabilidade

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