Você com certeza já passou por uma situação estressante. É bem possível que tenha passado, inclusive, hoje mesmo. Pare por um momento e reflita: como é o seu comportamento após um momento de estresse muito acentuado?
Muito provavelmente suas relações são impactadas, o modo como você come e até a maneira como sua agenda é organizada. As plantas passam por um processo semelhante a esse.
No caso do estresse vegetal, no entanto, o estresse diz respeito ao enfrentamento de situações desfavoráveis ao seu crescimento. Para conseguirem sobreviver, as plantas precisam aprender a lidar com todas essas situações.
Com a plantação de soja não é diferente. Existem diversos fenômenos que representam um estresse para a produção, e cabe ao produtor rural atento conseguir proteger sua produção desses riscos.
Fique conosco até o final e descubra como promover uma recuperação do estresse vegetal causado pela fitotoxicidade em soja.
O que é estresse vegetal ?
O estresse vegetal é um nome dado a um estado onde a cultura sofre com adversidades e condições ambientais que atrapalham o crescimento vegetal. Essas condições são chamadas também de fatores de estresse, e podem ser as mais diversas.
Estresse vegetal é geralmente percebido através de alguns sintomas, que podem ser morfológicos ou fisiológicos.
No primeiro caso, são sintomas que afetam a forma da vegetação, enquanto no segundo as funcionalidades são mudadas e, por isso, geralmente aparecem primeiro.
Para citar exemplos práticos, imagine que uma planta não está recebendo a quantidade de sol suficiente para desenvolver o processo de fotossíntese. Esse é um fator de estresse.
O sintoma mais comum, nesse caso, é a mudança na coloração das folhas, geralmente ficando mais pálidas.
Quais os efeitos do estresse causado por defensivos
Os defensivos agrícolas têm uma função central para impedir o avanço de pragas e doenças na plantação, especialmente na de soja. No entanto, a aplicação de defensivos pode gerar estresse vegetal na soja, impactando a produtividade da lavoura.
Isso acontece porque, apesar de o defensivo ter um papel positivo, sua aplicação acaba por interferir nos processos metabólicos da vegetação de soja.
Um exemplo disso é o uso de um defensivo cujas moléculas têm afinidade por cargas livres e, por isso, acabam roubando elementos nutricionais da soja, gerando deficiência nutricional.
A maneira mais eficiente de evitar isso é não utilizar defensivos em excesso, bem como investir em soluções que fortalecem a dimensão nutricional da plantação de soja, combatendo diretamente o estresse vegetal.
Como mitigar a fitotoxicidade de herbicidas
Fitotoxicidade de herbicidas é um processo que pode ocorrer como consequência da aplicação de herbicidas que, por vezes, acaba por gerar danos — às vezes permanentes — na planta. A fitotoxicidade também é um fator de estresse vegetal
Para diminuir esse impacto positivo do necessário uso de herbicidas, os especialistas recomendam escolher produtos que estejam conforme as reais necessidades de cada aplicação.
A formulação dos produtos deve receber uma atenção especial. Quando houver a presença de concentrados emulsionáveis, as chances de ocorrerem fitotoxicidade são maiores que nos produtos com pó-molháveis e suspensões concentradas.
Glifosato e seus danos diretos e indiretos
O glifosato merece uma atenção especial quando falamos de estresse vegetal. Isso por este herbicida ser potente e cada vez mais popular, sendo que na maioria das vezes seus riscos são ignorados.
Resíduos de glifosato podem alterar os processos fisiológicos da soja, mesmo com grande eficácia na defesa das plantas.
A aplicação do glifosato, portanto, deve ser prudente e observar as boas práticas recomendadas pelos especialistas.
Resposta ao estresse Vegetal e os micronutrientes
A resposta para qualquer tipo de estresse pode variar em sua generalidade de ações porém sempre que a planta percebe qualquer efeito estressor uma resposta metabólica padrão ocorre : Formação de Espécies Reativas de Oxigênio, ou EROs.
A nível molecular a planta provoca a indução gênica levando à formação de produtos compostos como a prolina, glicina betaina e outros, que podem atuar para manter a função celular através da proteção das estruturas celulares e ajustes osmóticos.
Nesta atuação os microelementos agem de maneira fundamental a mitigação do estresse.
Aminoácidos para amenizar estresses abióticos
A ação dos aminoácidos nas plantas, inclusive na soja, traz consigo uma série de consequências que ajudam a combater o estresse vegetal.
Isso ocorre, em primeiro lugar, porque os aminoácidos conseguem beneficiar o metabolismo da soja, estimulando a síntese de proteínas, que é justamente um dos possíveis sintomas do estresse na planta.
Os aminoácidos conseguem, ainda, atuar diretamente nos estádios fenológicos da soja, ou seja, suas etapas de desenvolvimento.
A eficiência da fotossíntese também pode ser beneficiada, o que por si só já representaria um benefício enorme dos aminoácidos nas plantas.
Podemos destacar, ainda, outras consequências positivas dos aminoácidos para redução do estresse vegetal, no entanto, este não é o assunto central do texto. Para ler mais sobre isso, acesse o post sobre ação dos aminoácidos nas plantas.
Extrato de algas para amenizar estresses vegetais abióticos
Uma das soluções possíveis para diminuir o estresse vegetal é a aplicação de algas da espécie Ascophyllum nodosum. Isso porque, esse tipo de alga, sobrevive em regiões entre-marés.
Essa particularidade faz com que ela precise sobreviver sem água e elementos bioativos marinhos por cerca de seis horas, duas vezes ao dia. Como consequência, a evolução presenteou a Ascophyllum nodosum com a capacidade de acumular carboidratos e bioativos.
Portanto, sua aplicação em plantações exerce a função de fomentadora da síntese de carboidratos e demais tipos de moléculas essenciais para a sobrevivência, equipando a soja ou demais plantas para vencer estresses vegetais.
Conclusão
Neste artigo, conferimos um conteúdo completo sobre o estresse vegetal, que consiste em um estado onde a cultura sofre com adversidades e condições ambientais que atrapalham o crescimento vegetal.
Vimos, ainda, os principais efeitos do estresse vegetal, formas de mitigar a fitotoxicidade de herbicidas e alguns compostos que ajudam a diminuir o estresse abiótico, entre outras coisas.
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